Nesta terça-feira (4), encerra-se o prazo para que Renan Calheiros apresente defesa escrita e provas ao Conselho de Ética a respeito de um outro processo a que responde por quebra de decoro parlamentar sob a acusação de ter utilizado seu mandato para beneficiar a cervejaria Schincariol.
Em entrevista na sexta-feira (31), o relator do processo, senador João Pedro (PT-AM), anunciou a data de vencimento do prazo regimental de cinco sessões ordinárias paraRenan enviar sua defesa.
Assim como no primeiro processo, a representação para que o Conselho de Ética investigue Renan foi protocolada pelo PSOL, também com base em matérias publicadas pela revista Veja.
Segundo o periódico, Renan teria utilizado prestígio político para beneficiar a Schincariol na quitação de dívidas junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e à Receita Federal depois de a cervejaria ter pagado R$ 27 milhões por uma fábrica de refrigerantes de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), que, de acordo com a revista, estava falida e não valia mais que R$ 10 milhões.
Segundo o Código de Ética e Decoro Parlamentar (RES 20/93), caso o representado não apresente defesa no prazo, o presidente do Conselho de Ética nomeará um defensor dativo para oferecê-la, também no período correspondente a cinco sessões.
Laranjas Quanto à escolha do relator para o terceiro processo contra o presidente do Senado no Conselho de Ética - com base em denúncia de que teria adquirido, em parceria com o usineiro João Lyra, por intermédio de “laranjas”, duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas - Quintanilha tem afirmado que aguarda o desfecho da votação do processo desta quarta-feira para desafogar os trabalhos do colegiado e, assim, poder empenhar-se nessa tarefa.