As negociações para a implantação de uma montadora da GM no Estado foram citadas no discurso presidencial.
Lula não chegou a citar o nome da montadora, mas brincou com um possível desfecho satisfatório. “É tudo que o pernambucano iria querer.
Aí é demais”, afirmou.
A observação veio depois de um auto-elogio ao próprio governo, pelo presidente. “Em 2003, todas as montadoras vinham me dizer que estavam no prejuízo, no vermelho.
Percebeu como estão vendendo, Eduardo.
Hoje, uma pessoa leve três meses para comprar um carro (na fila de espera).
Um caminhão, seis meses”, disse.
De acordo com informações do Governo do Estado, o governador Eduardo Campos já reuniu-se com a direção da montadora, que pediu até informações sobre a disponibilidade de gás natural para a produção, na nova planta.
O presidente da Copergás, Aldo Guedes, informou que, de imediato, não há gás disponível em um projeto desta envergadura. É preciso arrumar com a Petrobras, que detém o monopólio da produção.
Segundo informações extra-oficiais, a estatal de distribuição local opera com 1,6 milhão de metros cúbicos por dia e precisaria passar para algo em torno de 2 milhões de metros cúbicos.
No caso, a saída para o impasse é a importação de gás, o GNL, a partir do terminal de regaseificação em Suape.
O projeto já está decidido politicamente, mas não é anunciado para evitar ciumeira entre os demais estados do Nordeste.