Por falar em crise da saúde, a bactéria multirresistente que assombou o Hospital Agamenon Magalhães (HAM), a ponto de fechar a UTI do hospital no começo do mês de agosto, pode ter sido trazida ao local por desinfetante estragado.

As próprias enfermeiras do hospital relataram que o produto estava com um odor estranho, para um produto de limpeza.

O fornecimento, coincidência ou não, foi suspenso e os produtos, substuídos.

Oficialmente, a Secretaria de Saúde não divulgou o que ocorreu de fato.

Por recomendação da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), a UTI-geral de adultos do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) foi fechada por tempo indeterminado para pacientes externos, após constatação no local de um surto de infecção hospitalar por uma bactéria multirresistente.

Trata-se da Enterococcus faecium, encontrada comumente na flora intestinal do ser humano.

No entanto, a forma mutante, detectada em 17 pacientes do HAM, é resistente até mesmo ao antibiótico vancomicina, utilizado para tratamento específico de doentes que apresentam este tipo de microrganismo.

Segundo informações oficiais, é a primeira vez que este tipo de bactéria, que pode levar o paciente a óbito por ocasionar infecção, é encontrada em Pernambuco.

O diretor do HAM, Antônio Trindade, confirmou o caso, no começo do mês de agosto, e informou que seis pacientes estavam isolados na UTI-geral do HAM.

Nenhum novo paciente pode ser internado na UTI-geral até que os doentes deixem a unidade de saúde.

Os primeiros casos foram descobertos em março, mas nada divulgou.