Além da saúde, Eduardo Campos reclamou da \herança\ maldita também na área de educação. “Veja que situação.
Nós tivemos aquelas inscrições, porque jamais as escolas públicas em torno de Suape tiveram acesso a um processo de melhor qualificação para que os alunos pudessem disputar uma vaga no mercado de trabalho.
Nós tivemos de fazer isso em articulação com os prefeitos.
Ao mesmo tempo, esse ano, já duplicamos o número de vagas nas nossas escolas técnicas.
Acabamos de fechar com o MEC a vinda de mais 5 Cefets para Pernambuco, dois agora para 2008, dois para 2009 e mais um em 2010.
Estamos lançando mais sete por responsabilidade do Estado.
Acabamos, ainda este ano, a reforma no Etepam, voltando a ser uma escola técnica, onde nós investimos R$ 3,2 milhões.
Conseguimos, para este ano, triplicar o volume de qualificação profissional na articulação com o Ministério de Trabalho, saímos de 7 mil vagas para 23 mil.
Ou seja, é um esforço que estamos fazendo para corrigir, inclusive, distorções que nós encontramos de retirada do foco na qualificação profissional, que é tão importante para a nossa juventude. É hora de fazermos isso com grande esforço.
Não é só o salário dos professores baixo que atrapalha.
Os tetos das escolas caindo como encontramos em 72 escolas e tivemos de arrumar espaço para 78 mil alunos.
A falta do livro didático, por exemplo, para o ensino médio que nunca recebeu livros, os estudantes da rede pública estadual que nunca receberam fardamento e vão receber.
E a questão da qualificação do profissional da educação.
Nós vamos recuperar, na medida em que o Estado tenha as condições, não só a questão do salário, mas a auto-estima dos profissionais de educação, a condição de trabalho e uma nova gestão sobre a escola.
Para você ter uma idéia, nós diagnosticamos quase 12% da nossa carga horária sendo paga sem que os professores sequer estivessem lotados.
O que isso significa?
A gente fica precisando contratar mais gente, quando tem mais, não pode dar a quantidade de aumento que a gente desejava dar ao professor que dà aula, que é a grande maioria”.