Em entrevista na TV logo cedo, o governador Eduardo Campos voltou a defender o fim da guerra fiscal, mas não disse o que será feito para compensar a perda da oferta de incentivos.
Veja os termos abaixo: Todos nós entendemos que é a hora do Brasil fazer uma reforma tributária.
A carga sobre a sociedade está alta.
Nós entendemos que há uma distribuição entre a União, Estados e municípios que precisa ser melhor. É preciso isso: tornar o sistema tributário brasileiro mais inteligente, não pode sufocar a geração de empregos.
Precisamos e estamos fazendo essa discussão junto com a Confederação Nacional da Indústria, o deputado Armando Monteiro Neto (presidente da CNI), e os governadores do Nordeste, para construir alguns princípios que devem guiar a reforma tributária. É importante garantir o princípio do destino.
Hoje nós nordestinos exportamos renda na hora que pagamos tributos de mercadorias que compramos aqui aos Estados que nos remetem essa mercadoria.
Esse é um primeiro ponto.
Segundo, é tentarmos por fim a guerra fiscal honrando os compromissos que têm de incentivos às empresas que aqui vieram, mas que, num médio prazo, extinguindo isso e entrando em campo as políticas de incentivos fiscal regional, que devem ser exercidas pelo Governo Federal.
Aí entra a Sudene, que nós vimos ser recriada, mas temos uma grande preocupação para que ela tenha recursos.
Não interessa uma Sudene frágil.
Interessa uma Sudene fortalecida, com recursos para investimentos em infra-estrutura e também com recursos para fazer incentivos fiscais para que o Nordeste possa ter um crescimento mais acelerado.
Na verdade, há uma grande concordância nas linhas gerais.
O que é que vai pegar: como sair da guerra fiscal, em que tempo, com que mecanismo, porque tem Estados que olham Pernambuco como uma ameaça e acham que é preciso ter mais condições de incentivo.
Essa é uma primeira questão.
E a outra questão que deve nos unir é a reivindicação para dar à Sudene força, recursos e orçamento para que ela cumpra, nesta nova etapa, o seu papel.