O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, volta a bater no presidente Lula, que foi, segundo oex-deputado, o principal beneficiário do esquema do mensalão.

Veja o que diz a coluna Pinga-Fogo, de Inaldo Sampaio, no JC deste domingo (2).

Depois que o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra os 40 envolvidos no mensalão, o ex-deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS, endureceu o tom de suas críticas ao presidente Lula.

A seu ver, faltou coragem ao procurador-geral Antonio Fernando de Souza para incluir o presidente na denúncia, dado ter sido ele o maior beneficiário do desvio dos recursos públicos e privados destinados ao suborno de parlamentares na Câmara Federal.

Sobre o fato de o presidente da República ter declarado que já foi julgado pelo povo brasileiro em 2006, quando se candidatou e foi reeleito com 61% dos votos válidos, Roberto Freire retrucou: “Urna não absolve ninguém.

Também foram eleitos Maluf, Collor, Genoíno, Paulo Rocha, Valdemar Costa Neto e João Paulo Cunha.

Ele tem um mandato legítimo, é verdade.

Mas isso não lhe dá o direito de continuar mentindo para os brasileiros”.

Freire é particularmente crítico de programas sociais como Bolsa-Família (“atrasado, fisiológico e assistencialista”), Primeiro Emprego (“extinto na semana passada por perda de objeto”), Biodiesel (“não há mamona nem soja no mercado para mover as usinas que foram construídas”), Crédito consignado (“estimula os aposentados a se endividarem para consumir, o que é um crime).

Contudo, a crítica mais dura que faz ao presidente é pelo anúncio de recursos que jamais são liberados, como os tais R$ 2 bilhões para a área de saúde que o ministro José Gomes Temporão anunciou, e Guido Mantega disse não ter o dinheiro.