Da Folha Oline Lula já deixou claro que o PT não deve descartar a possibilidade de apoiar um aliado na sucessão de 2010.

Em conversas reservadas, ele cita o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) como a primeira opção no cenário feito hoje.

Já o PT lutará para que a cabeça de chapa de eventual aliança seja do partido.

Se não der, pregará que várias forças do campo lulista lancem seus postulantes.

Entre as tendências do PT, é majoritária a opinião de que o partido tem atualmente quatro possíveis postulantes: a ministra do Turismo, Marta Suplicy, o governador da Bahia, Jaques Wagner, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.

Na maior parte do partido, dois nomes que constam da lista de Lula não fazem sucesso: os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Justiça).

Tarso encabeça o grupo que responsabiliza a antiga cúpula do PT pelos escândalos que demoliram o até então propalado pilar ético do partido.

Uma tabelinha entre Tarso e Dilma para preencher cargos de segundo escalão e influenciar decisões do governo tornou a ministra pouco popular na burocracia partidária.

Lula, entretanto, prefere a eventual candidatura de Dilma à de Marta.

Se um ministro for o candidato, Patrus é o nome em que o PT apostaria suas fichas -coordenador do Bolsa-Família, ele incrementará os recursos de sua área a partir de 2008.

Já as boas relações de Pimentel com o PSDB não são bem vistas por setores do PT.

Amigo de Lula, Jaques Wagner será lembrado como o primeiro na fila dos governadores se sua gestão for bem-sucedida.