O superministro da Defesa, Nélson Jobim, um dos principais articuladores políticos do presidente Lula, visitou o presidente do Congresso, Renan Calheiros, na manhã deste sábado (1), em Brasília.
Enquanto Lula falava em ética no Congresso do PT, em São Paulo, Jobim fazia uma “visita de cortesia, de solidariedade” ao senador que pode perder o mandato por falta de decoro.
Em entrevista coletiva, Jobim afirmou que Renan está confiante em sua absolvição no Conselho de Ética, que votará, na próxima quarta-feira (5), se aprova ou não o relatório de Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) pedindo a abertura de processo de cassação contra ele. “O momento é difícil para todos.
Mas Renan está confiante”, garantiu.
Sobre a possibilidade de Renan ou um de seus aliados entrarem com mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer com que a votação do relatório seja secreta, e não aberta, como foi decidido pelo plenário do Conselho de Ética, Jobim foi evasivo. “Isso é um assunto que diz respeito ao Congresso Nacional.
Não opino sobre isso”, esquivou-se.
ANAC O ministro, que neste domingo partiu para viagem oficial ao Haiti, contou também que enviará ao Congresso Nacional na próxima quinta-feira (6) dois nomes para assumir as diretorias que estão vagas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Na semana passda, o diretor de Segurança Operacional, Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos da Anac, Jorge Luiz Velozo, pediu demissão, seguindo os passos da polêmica Denise Abreu.
Jobim participou neste domingo, ao lado dos comandantes militares, da cerimônia de troca da bandeira nacional.
O gesto quis deixar claro que já foi superado o mal estar gerado entre ele e as Forças Armadas.
Na semana que passou, Jobim trocou farpas com o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, por conta de declarações do ministro da Defesa sobre a publicação do livro “Direito à Memória e à Verdade”, que aborda a questão dos desaparecimentos e torturas durante o regime militar.
No lançamento do livro em Brasília, falou-se até em reforma na Lei de Anistia, o que deixou os militares bastante agitados. (Com informações do G1)