As empresas já estão preoucupadas com o cenário após a aprovação da reforma tributária, que promete acabar com os incentivos fiscais.
Elas querem a criação de compensações.
Dizem que, se nada for feito, os empreendimentos podem não vir mais para o Estado. “O Nordeste vai perder investimentos.
As empresas não vão montar fábricas aqui se não contarem com algum diferencial.
Nosso mercado, embora emergente, continua sendo complementar.
Ou não temos matéria-prima ou não temos mercado.
Os incentivos entram nesta equação para justificar o deslocamento de um unidade de São Paulo para cá”, alerta Saulo Xavier de Farias, novo presidente da Associação das Empresas de Planejamento do Nordeste.
No próximo dia 13, o consultor assume a entidade.
Com 62 anos, o economista Saulo Xavier já dirigiu o Sebrae, foi diretor na Ad/Diper e atualmente cuida da consultoria CSC Consultoria Independente.
Após a posse, a entidade vai procurar o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, para conversar sobre a criação de alternativas. “Em São Paulo, o governo reduziu o ICMS de setores como álcool, açúcar, metal mecânico, e a arrecadação subiu.
O Estado terá que oferecer alternativas, para continuar atraindo empresas”, acredita.
As empresas alegam que, sem o Finor, da Sudene, nem o FNDE, da Adene, as empresas do Nordeste estão perdendo competitividade. “Se a oferta de ICMS subiu pelos Estados foi em função da lacuna do Finor.
Com ou sem guerra fiscal, teremos que criar condições para as empresas virem para cá”, diz.