Está marcada para as 10h de hoje a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado para decidir se o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), faltou com o decoro parlamentar.

Renan é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de empreiteira, além de apresentar documentos irregulares na tentativa de provar que tinha renda para fazer os pagamentos.

O clima no conselho não poderia estar mais tenso, desde que um parecer da consultoria legislativa do Senado indicou que a votação no conselho deveria ser secreta.

Depois do parecer, o secretário-geral adjunto da Mesa, Marcos Santi, afastou-se do cargo, supostamente por sofrer pressão para favorecer Calheiros.

O presidente do conselho, Leomar Quintanilha, deve encaminhar a votação secreta, mas os relatores do casao, Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), anteciparam sua intenção de apresentar recurso ao próprio plenário do conselho, de modo a estabelecer a votação aberta.

O terceiro relator, senador Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan, deve apresentar um relatório à parte, pedindo o arquivamento da denúncia.

Segundo informa a Folha OnLine, Renato Casagrande e Marisa Serrano terminaram às 3h da madrugada a redação do relatório conjunto recomendando a casssação de Calheiros.

O Blog do Josias, também na Folha OnLine, diz ainda que técnicos do Senado cruzaram os saques que Renan diz ter feito para pagar a pensão da filha que tem com a jornalista Mônica Veloso, com o Imposto de Renda e recibos apresentados pelo senador.

Nessa confrontação, perceberam que as despesas pagas nada têm a ver com os supostos pagamentos à jornalista.

Perícia do Instituto de Criminalística da Polícia Federal já havia detectado uma desconexão entre os valores e as datas dos saques que o senador diz ter efetuado para pagar, em dinheiro vivo a pensão da filha.