Do G1 No Sertão de Pernambuco, 40 municípios decretaram situação de emergência.
Cerca de 350 mil pessoas sofrem com a falta de chuvas no estado.
De acordo com o gerente regional da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária, João Batista, a perda da safra de milho foi de 90% e a de feijão foi de 80%. “Nós estamos diante da maior seca dos últimos anos.
As culturas de subsistência não chegaram nem a florar ou frutificar.
Já morreram por falta de chuva”, afirma.
Agricultores sofrem com a perda da lavoura.
A seca destruiu tudo que José Francisco dos Santos , de 67 anos, plantou. “Tive perda total.
Não tem mais nada”, afirma o trabalhador rural, bastante emocionado.
Muitos reservatórios estão secos.
A maior barragem do município de Petrolina (PE), com capacidade para armazenar 11 milhões de m³ de água, está totalmente vazia há mais de um ano.
A salvação tem sido os carros pipa.
O Exército brasileiro abastece cisternas em 27 cidades da região mais seca do estado.
A água do Rio São Francisco é levada para povoados distantes, mas o consumo é controlado pelos militares: 20 litros por dia para cada pessoa da residência.
O sacrifício aumenta quando a família tem muita gente para matar a sede.