Depois de passar a manhã e boa parte da tarde reunido com todo o secretariado, o governador Eduardo Campos (PSB) disse nesta terça (28) que sua equipe superou as metas estabelecidas para os primeiros meses.
Mais uma vez, ele partiu para o enfrentamento com a gestão anterior.
Segundo o governador, o primeiro ano de qualquer governo é sempre marcado pelo diagnóstico que a nova equipe faz sobre a situação encontrada.
Mas no seu caso, além de realizar essa radiografia, sua equipe teria conseguido, por exemplo, alocar mais recursos que a administração de Mendonça Filho, em 2006, para dar as necessárias contrapartidas a programas federais. “Estamos fazendo acontecer”, afirmou o governador em entrevista coletiva em um hotel-fazenda, em Moreno, a 30 km do Recife.
NÚMEROS De acordo com o governador, de janeiro a maio, o governo do Estado conseguiu alocar R$ 120 milhões em financiamentos para garantir as contrapartidas.
No mesmo período de 2006, ainda segundo ele, o governo Jarbas/ Mendonça teria alcançado apenas R$ 66 milhões.
O diagóstico dos primeiros meses do governo Eduardo foi feito pelo Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), apontado como responsável por um “choque de gestão” em Minas Gerais, no primeiro mandato de Aécio Neves (PSDB).
Desde o último mês de maio, o INDG trabalha em Pernambuco com o objetivo de aumentar a eficiência da máquina pública, aumentando a arrecadação e reduzindo gastos.
E com foco especial na melhoria dos serviços essenciais como saúde, educação e segurança.
Na reunião do secretariado com o governador nesta terça, o consultor do INDG Vicente Falcone apresentou o diagnóstico da máquina.
Nesta quarta, o encontro continua, dessa vez focado no estabelecimento de metas e no orçamento de 2008.
SALTO Embora tenha elogiado a equipe, Eduardo adiantou que o monitoramento dos secretários será permanente visando ao que ele chamou de um “salto na capaciidade de gestão”. “Equilibrar as contas é obrigação.
Temos que fazer os serviços funcionarem.
E não se faz isso sem planejamento”, avaliou.
Ele lembrou que a eleaboração do orçamento para 2008 se reveste de uma importância especial, porque terá de trazer a marca do seu governo, baseada em três pilares: participação popular, dotações específicas por microrregião e acompanhamento de gestão.
Quatro núcleos serão utilizados por Eduardo Campos para monitorar, de maneira mais fácil, o andamento do governo.
E cada um terá uma espécie de coordenador.
São eles: verbas do PAC e projetos estruturantes (Ricardo Leitão, secretário do Gabinete Civil); modelo de gestão (Geraldo Júlio, secretário de Planejamento); serviços essenciais como saúde, educação e segurança (João Lyra Neto, vice-governador); área social (Waldemar Borges, secretário de Articulação Social).
O orçamento do Estado para 2007 chegou a R$ 12 bilhões.
Para 2008, deve bater nos R$ 14 bilhões.