O gerente Jurídico da Celpe, Adriano Baptista, rebateu as críticas lançadas mais cedo pelo deputado estadual Luciano Moura (PCdoB), relator da CPI que investiga as relações entre a companhia e os consumidores.

Os dois participaram, nesta sexta (24), de audiência pública da CPI realizada em Caruaru.

Moura condenou o tipo de contrato existente entre a Celpe e empresas terceirizadas para a realização de serviços como corte, ligação e religação de energia.

Como estas prestadoras são remuneradas por metas - devem realizar mensalmente um determinado número de procedimentos - o deputado acredita que não haveria interesse, por parte delas, em deixar de fazer um corte, por exemplo.

Daí, na sua opinião, as muitas reclamações de consumidores sobre a forma como as terceirizadas atuam.

No entanto, de acordo com o gerente Jurídico da Celpe, a prestadora também recebe se, ao chegar a um endereço para realizar um corte, o consumidor apresentar a conta paga.

O que vale, no caso, para cálculo da remuneração, é a visita. “O funcionário (da prestadora) é obrigado a perguntar se o consumidor pagou a conta”, explicou Baptista, assegurando que um procedimento diferente pode gerar multa para a empresa terceirizada.

De qualquer modo, o gerente defendeu o tipo de contrato existente entre a Celpe e as prestadoras de serviço. “Se as empresas recebessem um valor fixo mensal e não trabalhassem por metas, isso não seria produtivo, não seria incentivador”, disse, ressaltando que a remuneração também envolve ligações, religações e outras atividades.

Não apenas cortes.

PESQUISA Adriano Baptista também negou que a loja da Celpe em Caruaru tenha apenas três funcionários para atender o público, como informou mais cedo o deputado Luciano Moura. “São pelos menos seis no atendimento direto, três administrativos, dois supervisores e o gestor”, contou.

Segundo o gerente Jurídico da Celpe, a companhia alcançou a melhor avaliação dos pernambucanos, entre as empresas que prestam serviços públicos, em pesquisa realizada em março pelo Instituto Vox Populi. “Mais de 80% dos cidadãos do Estado, e de Caruaru, consideram nosso serviço muito bom”, afirmou.

Ele destacou que, em uma audiência pública, é natural que ninguém apareça para elogiar.