Da Agência Brasil Brasília - O advogado do Banco Rural, Rodrigo Soares Pacheco, considerou uma “decisão injusta” o voto dos três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que foram favoráveis à denúncia por gestão fraudulenta da ex-presidente do banco, Kátia Rabello, e dos ex-diretores José Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório Tôrres de Jesus.
Pacheco fez a afirmação hoje (23), logo após a decisão dos ministros.
Disse que ficou “surpreso” com a votação, mas ponderou que “tem que estar preparado para todas as decisões”, sem querer entrar em detalhes. “Vamos aguardar a continuação do julgamento”, desconversou.
O ex-ministro da Justiça e também advogado do Banco Rural, José Carlos Dias, também preferiu não comentar os votos até agora contrários à defesa: “Não gostaria de me manifestar antes da complementação dos votos”.
Os quatro ex-funcionários do banco são acusados pela Procuradoria-Geral da República, além de gestão fraudulenta, por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Outras 36 pessoas também são denunciadas pelo procurador-geral Antonio Fernando Souza de participação no esquema do mensalão, que consistia na compra de votos de parlamentares em troca de apoio ao governo.
Além do ministro-relator Joaquim Barbosa, votaram também a favor da denúncia contra os ex-dirigentes do Banco Rural, os ministros Marco Aurélio Mello e Cezar Peluso.
Os demais membros do STF reiniciam a votação amanhã (24).
O processo de denúncia foi dividido conforme os tipos de crimes apontados pelo Ministério Público.