Menos de um mês de voltar novamente à Justiça, agora como reú, depois de recusar-se a uma retratação, o arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho volta a carga contra o padre de Água Fria, José Carlos Santana, acusado de manter um envolvimento amoroso com a dona de casa Ivana Queiroz, da mesma comunidade.

Com a ajuda do advogado Hebron Oliveira, a mulher entrou com uma ação civil, em maio, alegando calúnia e difamação.

A ação corre no Juizado Especial Criminal, localizado na Universidade Católica de Pernambuco.

No próximo dia 20 de setembro, Dom José Cardoso terá que voltar ao Tribunal Criminal.

O padre também vai depor.

O ataque se dá de forma indireta.

A situação do padre será exposta nas cerca de 100 paróquias de Olinda e Recife.

O Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Olinda e Recife, em reunião no dia 14 de agosto, decidiu que uma declaração sobre o caso do padre seja lida no final das missas e exposta no quadro de avisos de todas as igrejas, para conhecimento de todos os fiéis da arquidiocese.

Na carta, o conselho presbiteral, controlado por Dom José, cita que o padre foi demitido do ofício de administrador da paróquia, em novembro de 2006, recorreu a dom Cláudio Hummes, mas teve o pedido rejeitado.

Também teve outro pedido rejeitado, em maio, desta vez junto à Signatura Apostólica.

Segundo a nota, mesmo com a decisão pendente, o padre deve entregar a paróquia com todos os seus pertences a pessoa indicada pelo arcebispo.

Desde julho, há um novo padre nomeado. “No dia 6 de agosto, o padre Edmilson de Lima Lopes apresentou-se à paróquia e ouviu do padre João Carlos uma resposta negativa”, diz. “Portanto, o padre João Carlos Santana da Costa está exercendo ilegalmente o ofício de administrador padoquial, cometendo o delito de usurpação de ofício eclesiástico”, registra.

Nos meios religiosos, o que se comenta é que a movimentação tem por objetivo criar uma curtina de fumaça para os problemas da Santa Casa de Misericórdia e a ainda nebulosa operação do imóvel da Tamarineira, de sua propriedade.

Os débitos acumulados já somam mais de R$ 11 milhões, sem solução.

Com a ajuda do advogado Hebron Oliveira, a mulher entrou com uma ação civil alegando calúnia e difamação.

A ação corre no Juizado Especial Criminal, localizado na Universidade Católica de Pernambuco.

Leia aqui a queixa-crime e mais detalhes da polêmica.