Tudo indica que as negociações entre servidores do Judiciário estadual e o Tribunal de Justiça do Estado voltaram à estaca zero.
Em reunião concluída agora há pouco, o secretário de Administração do TJ, Ricardo Lins, não avançou na proposta que estava na mesa anteriormente.
E, pior, teria informado que até mesmo os R$ 10 milhões que estavam garantidos para dar um aumento ainda este ano (representando 7,70% de acréscimo sobre a massa de salários), na verdade, não estão mais disponíveis.
Os servidores lutam pela implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que tem a oposição do governo do Estado, encarregado de fazer os repasses para pagamento da folha de pessoal do Judiciário.
Segundo o governo, a proposta dos funcionários representaria, só neste segundo semestre, um impacto de mais R$ 37 milhões na folha - quase quatro vezes mais do que, a princípio, o governo poderia pagar.
Agora, sem direito nem mesmo aos R$ 10 milhões (que foram definidos através do Pano de Ajuste Fiscal - PAF), não se sabe para onde vão caminhar as negociações.
Além dos R$ 37 milhões reivindicados pelos servidores agora em 2007, o PCCV do Judiciário também significa um impacto de R$ 84 milhões em 2008 e R$ 95 milhões em 2009 sobre a folha atual.
Os funcionários, em greve, estavam programando uma manifestão em frente ao Palácio do Governo para a tarde desta terça (21).
Vamos acompanhar.