Da editoria de Política do JC No que depender dos líderes do governo e da oposição na Câmara dos Vereadores, o embate acerca da aplicação, ou não, pela Prefeitura do Recife do mínimo constitucional de 25% em Educação será travado na tribuna da Casa.

Líder da oposição, Daniel Coelho (PV) afirmou, ontem (domingo, 19), que seu partido não será co-autor do pedido de intervenção na PCR - que deverá ser enviado nesta segunda (20) ao Ministério Público pelo PPS e o PSDB - mas que, independente da questão jurídica, o assunto será discutido pela bancada, que cobrará explicações. “Não houve tempo para o PV se reunir para tratar do pedido de intervenção.

Mas existe aí um fato político importante, que não deixaremos de tratar.

O prefeito faz um discurso de que a educação é prioridade e que a maior obra é cuidar das pessoas, mas, na prática, não investe nem o mínimo em educação”, disse Coelho.

Segundo ele, os partidos de oposição deverão se reunir antes da sessão desta segunda para definir o tratamento que darão ao tema. “Teremos uma conversa de bancada e isso será levado à sessão”, explicou.

Líder do governo, o vereador Henrique Leite (PT) também tentará fazer pronunciamento, mas em defesa da prefeitura.

Ele informou que coletará dados com a secretária de Educação do município, Maria Luiza Aléssio. “Vamos mostrar que isso é jogo de cena da oposição e que a gestão aumentou o número de escolas municipais e de matrícula, acabou com escolas comunitárias e instalou creches”, defendeu.

Sobre o pedido de intervenção na prefeitura, Leite afirmou que não passa de “desespero”. “O PSDB, principalmente, está no desespero para ter candidato próprio.

Então tenta jogar isso para a pletéia e posar de paladino da ética”, criticou, informando que o PT cogita processar PSDB e PPS por apresentarem “informações distorcidas”, disse.