Um homem aparentando 35 anos, identificado pela polícia como Josué, da Muribeca, provocou um tumulto na manhã deste domingo (19), no Aeroporto Internacional do Recife, ao ameaçar de morte funcionários da companhia aérea Gol e passageiros que faziam check-in.

Portando uma bolsa a tiracolo azul, ele se aproximou do balcão da Gol por volta das 9h15.

Por sorte, havia pouco movimento.

Os vôos mais próximos estavam marcados apenas para as 11h. “Vou atirar em todo mundo agora”, disse o homem aos gritos, fazendo menção de tirar uma arma de dentro da bolsa.

Houve corre-corre.

Até os funcionários da empresa Sena Segurança, que faz vigilância no aeroporto, teriam dado no pé, segundo informações de passageiros.

O pessoal do balcão da Gol conseguiu acionar a Infraero que, por sua vez, pediu ajuda ao posto da Companhia Independente de Apoio ao Turista da Polícia Militar (Ciatur), localizado no aeroporto.

Cerca de 20 minutos depois, apareceram os policiais militares, sob o comando do sargento Tiago, que conseguiu acalmar o homem.

Dentro de sua bolsa, em vez de arma, uma bíblia.

Levado para o posto da Ciatur, ele foi liberado e saiu caminhando tranqüilamente sem sequer ter seu nome completo e endereço anotados pela PM. “Como ninguém prestou queixa, não se fez um boletim de ocorrência.

O homem estava sem documentos”, disse agora à tarde um soldado PM que trabalha no posto e atendeu o Blog por telefone .

Ele preferiu não se identificar e informou que o horário do sargento Tiago já havia terminado.

No posto, há 4 policiais em cada turno.

O problema é que existem informações dando conta de que funcionários da Gol tentaram oficializar a ocorrência.

Mas ao chegarem ao posto da Ciatur, o rapaz já havia sido liberado.

O único dado sobre o homem, mesmo assim colhido de maneira informal pelos policiais, é que ele tem 35 anos, mora na Muribeca, chama-se Josué e deve sofrer de problemas mentais.

A Infraero também não tem informações sobre ele.

E embora seja co-responsável pela segurança do aeroporto, passou a bola para a PM.

Aos funcionários do aeroporto e pessoas que eventualmente estejam passando por lá resta apenas torcer para que Josué da Muribeca não apareça mais.

E se aparecer, que traga sempre a sua bíblia ao invés de uma arma.