É correta a informação revelada hoje pelo colunista de Economia Fernando Castilho.
Na edição de hoje do JC, ele informa que o ex-governador Lúcio Alcântara – candidato derrotado à reeleição ao governo do Ceará nas eleições do ano passado pelo PSDB e hoje no PR – deverá ser o novo presidente da Chesf.
Embora a Chesf não dê um pio, em Brasília, fontes do setor informam que Dilton da Conti, do PSB, será substituído pelo político cearense.
Não precisa nem sair no Diário Oficial, já que a empresa é uma economia mista.
A confimação virá com a convocação de uma reunião do conselho de administração, em data próxima.
A entrega da maior geradora regional de energia ao PR de Inocêncio Oliveira tem como objetivo de turbinar o grupo do ex-governador contra os tucanos do Ceará, liderados por Tasso Jereissati.
Antes de Lúcio Alcântara, chegou-se a especular que Dilton da Conti seria trocado por Sérgio Gaudenzi, do PSB, que acabou sendo levado para a Infraero.
O que pode ser considerado uma temeridade é entregar uma estatal do porte da Chesf a um político, sem conhecimento do setor, em detrimento de um técnico com larga experiência.
Segundo informa-se em Brasília, o risco de problemas no futuro será reduzido com o reforço de técnicos no comando da Eletrobras, para vigiar os políticos nas geradoras - a Eletronorte e a Eletrosul também estão sendo repassadas para as mãos de indicações políticas.
O martelo em favor do PR também teria sido batido em função da aprovação da CPMF, em busca de apoio político para a sua renovação.
O filho de Lúcio Alcântara, por sinal, é também deputado.
Chama-se Leo Alcântara e é relator da legislação das loterias estaduais.