O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse nesta quinta (16) que os documentos apresentados pelo usineiro João Lyra contêm fortes indícios contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Lyra, que afirma ter comprado uma rádio e um jornal em Alagoas numa sociedade com o presidente do Senado, se ofereceu para prestar depoimento ao corregedor e foi ouvido hoje em Maceió.

Renan é acusado de ter comprado as empresas usando “laranjas”.

Nesta sexta (17), Tuma ouvirá depoimentos de outros empresários alagoanos que supostamente tiveram envolvimento na negociação.

Um deles deve ser Luiz Carlos Barreto.

Ele confirmou nesta quinta que, junto com Nazário Pimentel, vendeu as duas empresas para Renan e João Lyra.

Barreto chegou a dizer que, durante o período de transição das empresas, entre 1999 e 2002, exerceu o cargo de diretor-executivo de O Jornal.

E “todos” sabiam que Renan era um dos propritários.

PROCESSOS Enquanto isso, em Brasília, os membros da Mesa Diretora do Senado autorizaram , por unanimidade, a abertura de um novo processo contra Renan para investigar o caso das empresas de comunicação.

Este será o terceiro processo contra Renan no Conselho de Ética do Senado.

O primeiro, em fase final, investiga a suspeita de que ele recebeu ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.

O segundo, ainda no seu início, apura as relações de Renan com a cervejaria Schincariol.

A reunião da Mesa foi presidida pelo segundo vice-presidente do Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR).

Renan não participou. (Com informações do G1)