Depois de fechar 72 unidades escolares, alegando a necessidade de reformas urgentes, o governador Eduardo Campos anunciou hoje, em visita à Escola Estadual Gilberto Freyre, a criação de um fundo de manutenção e auxílio aos colégios estaduais de Pernambuco.

Serão disponibilizados R$ 30 milhões (com recursos próprios da secretaria de Educação) pelo fundo de manutenção e auxílio para evitar novos problemas.

O fundo terá a licitação lançada dentro de 15 dias e será acionado pelos diretores de cada escola.

Eles ficarão responsáveis de entrar em contato com a direção de sua regional para reivindicar o serviço necessário junto às empresas.

Com relação às reformas, 13 escolas ainda têm os seus reparos em andamento, pois, ao se iniciarem as obras nos tetos, foram-se detectados outros problemas, conforme explicou o governador. “Nós estamos licitando, neste momento, a contratação de empresas privadas para cada uma das microrregiões do Estado.

A partir do mês de outubro, a empresa, em 48 horas, fará aquele pequeno serviço.

Porque se esse pequeno serviço não é feito, com o passar do tempo ele vira um grande serviço e aumenta os riscos de acidentes, como nós encontramos em mais de 70 escolas e tivemos que transferir 78 mil alunos”, disse Eduardo Campos.

A Gilberto Freyre - localizada no Alto 13 de Maio, Vasco da Gama – é uma das escolas que passaram por reformas no começo do ano e o governador, junto com o secretário de Educação, Danilo Cabral, foram verificar as mudanças. “O governador teve de tomar uma decisão difícil (com relação ao fechamento das escolas), mas estava em jogo a vida das crianças.

Viemos constatar de perto que o serviço foi realizado e o retorno às aulas assegurado.”, esclareceu Danilo Cabral. “Treze é um número pequeno da situação de degradação em que encontramos as escolas.

O que aconteceu é que, quando começamos as obras, vimos que tinha muito mais do que apenas o telhado. Às vezes a parede não agüentava mais que se colocasse um telhado novo.

Quando se derruba a parede, descobre-se que a parte hidráulica precisa ser refeita e também a elétrica.

As crianças voltarão quando tiverem segurança, quando não correrem risco de morte como estavam correndo”, afirmou Eduardo Campos, prevendo a conclusão de todas elas até novembro deste ano.

Segundo a diretora da escola, Solange Bezerra, a situação de risco já se arrastava há cerca de dois anos, com o acúmulo de problemas estruturais.

Ela elogiou o fundo: “Vai ser perfeito, porque vai poder acontecer a manutenção periódica da escola e também vai manter o que se precisa para se ter boas condições para as aulas”.