Na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara sobre a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) a disputa retórica esquentou.
Já o líder dos Democratas (DEM), Onyx Lorenzoni (RS), afirma que mais de 60% do dinheiro arrecado com a CPMF não cumpre nenhum papel social. “Vai para o caixa de um governo para fazer politicagem e muitos desses recursos se perdem nos ralos da corrupção.
Esse dinheiro fica muito melhor nas mãos do trabalhador do que nas mãos do governo.
Com esse dinheiro, o trabalhador vai gerar emprego porque vai administrá-lo melhor”, avalia Lorenzoni, que é contrário à prorrogação da cobrança.
O vice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que o dinheiro arrecadado com a CPMF tem cumprido uma importante função social e é usado integralmente nas áreas de saúde, previdência e erradicação da pobreza. “Não sobra dinheiro para aplicar em outras áreas.
Se gasta tanto nessas três áreas que o dinheiro é insuficiente”, argumenta o deputado gaúcho, favorável à prorrogação da CPMF.
A CPMF prevê taxação de 0,38% nas movimentações bancárias - 0,20% é repassado para saúde, 0,10% para previdência social e 0,08% para erradicação da pobreza.