Depois de perderem a esperança de obter a aprovação do novo plano de cargos, carreiras e vencimentos (PCCV), os servidores do Poder Judiciário decidiram na tarde desta quarta-feira - sem alarde - entrar em greve por tempo indeterminado.

A implantação do plano, já em discussão na Assembléia Legislativa, custará ao Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) cerca de R$ 40 milhões, no mínimo.

Veja o que o Blog de Jamildo já publicou sobre a pendenga aqui.

O presidente do TJPE, Fausto Freitas, chegou a visitar o governador Eduardo Campos, para pedir ajuda financeira para o plano, mas não obteve êxito.

Nesta quinta-feira, eles prometem divulgar uma carta-aberta para a população explicando os motivos e informando que manterão os serviços essenciais, como atendimento aos reús.

Segundo servidores do TJPE, os funcionários foram pacientes, esperaram a resolução de negociações com a polícia, saúde e educação, em busca de um tratamento doferenciado que não veio.

Antes da decretação da greve, o comando do Judiciário chegou a sugerir de 7% a 10% agora em setembro, com a aprovação imediata do plano, embora com efeito financeiro apenas a partir de janeiro de 2008.

A decretação da greve ocorreu no auditório do Fórum da Capital, no final da tarde.

Com a presença de mais de 300 pessoas, a assembléia chamou a atenção por reunir tanto o sindicato como a associação dos servidores.

No começo do mês passado, o governador Eduardo Campos (PSB) já adiantou em encontro com o presidente do TJ que o Executivo não tem condição, pelo menos por enquanto, de assumir esse aumento de despesa.

Caso venha a ser implantado, o PCCV vai beneficiar os cerca de quatro mil servidores do Judiciário com um impacto de R$ 37 milhões nas contas do Governo do Estado, considerando-se apenas o segundo semestre.

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