Reviravolta no escândalo de Aliança.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Rivadávia Brayner de Melo Rangel, vai baixar nesta quarta-feira uma resolução determinando que o município de Aliança promova novas eleições, depois da renúncia do prefeito Carlos Freitas, do PSDB.
Na cidade, o prefeito estava espalhando que a eleição seria indireta, com a escolha entre os próprios vereadores.
Numa manobra política, depois de ter perdido uma representação no TSE, no começo do mês, o político apresentou renúncia, para evitar a perda dos direitos políticos, nas eleições de 2008.
O vice-prefeito Pedro Cavalcante, e a presidente da Câmara Municipal de Aliança, Ana Maria Freitas, irmã do prefeito e também do PSDB, também renunciaram, pelos mesmos motivos.
A juíza de Aliança Maria das Graças Serafin Costa já recebeu uma ligação do presidente do TRE orientando que determine a realização das eleições de forma direta, estipulando prazos.
Os partidos organizados poderão fazer suas indicações, com candidatos.
Pela legislação, a eleição pode ocorrer em 20 ou 40 dias.
Nada impede que a população vote em algum aliado do tucano, que já deu provas de que manda na cidade do interior.
O posicionamento firme do TRE é resultado, além do entendimento do presidente, de gestões do procurador regional eleitoral Fernando José Araújo Ferreira, que visitou pessoalmente o presidente Rivadávia Brayner, nesta tarde.
No entendimento do MP eleitoral, a renúncia é inócua e a realização de eleições indiretas não atende ao que prevê a legislação. É bom que seja assim.
Com as informações levantadas hoje à tarde no município pela repórter Cecília Ramos, ficou provado que Carlos Freitas saiu, mas colocou um testa de ferro no comando da gestão municipal.