De acordo com as investigações do Ministério Público do Estado, repassadas ao pleno do Tribunal Regional Eleitoral no ano passado, para fundamentar o pedido de afastamento dos gestores tucanos de Aliança, houve a captação de recursos através de um centro social público, localizado na residência da vereadora acusada.

Foram encontradas notas fiscais falsas do Programa Federal de Habitação na casa de Ana Maria.

Na sessão realizada em julho de 2006, há um ano portanto, o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu aceitar a denuncia do MP e repassar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, a ação expedida pela comarca de Aliança que cassava os mandatos e decretava a inegibilidade do prefeito daquele município, Carlos Freitas (PSDB), de seu vice, Pedro Francisco Cavalcanti (PSDB), e da vereadora Ana Maria Freitas (PSDB), irmã do prefeito.

Pela decisão, eles permanecem nos respectivos cargos até o julgamento do TSE.

A decisão da comarca de Aliança previa uma multa de cem mil UFIRS (aproximadamente R$ 106 mil), para cada um.O advogado do prefeito Carlos Freitas, Lêucio Lemos, chegou a anunciar que entrararia com recurso quando o processo estiver no TSE, mas não teve jeito.

As acusações formalizadas contra os três foram de improbidade administrativa e desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), durante a gestão 2001-2004.

A denúncia foi feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que pediu a indisponibilidade dos bens dos envolvidos, além do afastamento do cargo, sob a alegação de que podem destruir as provas contra eles.

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