(PMDB-AL).

Governo e o PMDB entraram num acordo para encerrar, até o final deste mês, o processo disciplinar que ameaça o mandato do presidente do Senado.

O governo cobra pressa.

Os líderes governistas e de partidos da base consideram que só haverá condições de reunir o mínimo de 49 votos para aprovar o “imposto do cheque” se os aliados conseguirem pacificar o ambiente político antes disso. corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), afirmou que irá convocar o usineiro João Lyra para esclarecer a sociedade secreta com Renan Calheiros, na compra de uma emissora de rádio e um jornal em Alagoas.

O usineiro confirmou a associação com Renan em reportagem de VEJA desta semana.

A edição da semana passada, porém, já havia detalhado a operação, em que o presidente do Senado investiu secretamente 1,3 milhão de reais utilizando-se de pagamento em dinheiro vivo, dólares e laranjas.

Nenhum órgão regulador competente foi informado sobre o negócio.

A melhor situação para o governo seria a permanência de Renan na presidência do Senado.

A sucessão no comando abriria uma disputa interna no PMDB, rachando o maior partido de sua base, o que fatalmente comprometeria a aprovação da CPMF.

Neste domingo, o o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), afirmou que irá convocar o usineiro João Lyra para esclarecer a sociedade secreta com Renan Calheiros, na compra de uma emissora de rádio e um jornal em Alagoas.

O usineiro confirmou a associação com Renan em reportagem de VEJA desta semana.

A edição da semana passada, porém, já havia detalhado a operação, em que o presidente do Senado investiu secretamente 1,3 milhão de reais utilizando-se de pagamento em dinheiro vivo, dólares e laranjas.

Nenhum órgão regulador competente foi informado sobre o negócio. “Vou entrar em contato com João Lyra para ouvi-lo e investigar essa história”, disse Tuma, segundo o site do jornal O Estado de S.

Paulo. “Os indícios são graves e é preciso saber se existiu algum contrato de gaveta.” O Conselho de Ética do Senado também quer ouvir o usineiro.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) afirmou que Lyra será chamado à comissão assim que for nomeado o relator da nova representação protocolada contra Renan. “Estamos diante de um caso que fragiliza ainda mais a situação de Renan porque envolve uma sociedade oculta e, portanto, imoral”, disse.

Casagrande é relator do primeiro processo que estuda quebra de decoro parlamentar de Renan, provocado por reportagem de VEJA que mostrou que o presidente do Senado teve parte das despesas pagas por um lobista ligado à construtora Mendes Júnior.

As declarações de João Lyra a VEJA acirraram ainda mais os ânimos da oposição, que promete esforçar-se para obstruir as votações no Senado enquanto Renan não abandonar o posto. “Já que Renan não se licencia do cargo, vamos licenciá-lo pela via da obstrução, porque só assim o governo deixará de emprestar apoio a essas manobras protelatórias”, afirmou o senador Agripino Maia (DEM-RN).

A situação pode trazer grande prejuízo para o governo, que conta nesta semana com a votação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Se o tema não for aprovado até o fim de setembro, o governo perderá arrecadação de cerca de 40 bilhões por ano, a partir de 2008.

A necessidade de o governo aprovar a emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pode ajudar a apressar o desfecho do caso do senador Renan Calheiros