O painel da Folha de São Paulo registrou assim a manifestação de um dos vice-líderes do governo, sem identificá-lo: “A CPMF virou o cartório de protestos da base.

Quem tem um título do governo está fazendo fila para protestá-lo”. “Tem que ser agora.

Depois de aprovada a CPMF, o Lula não vai precisar mais da gente até o fim do mandato.” A frase, dita por um líder da base aliada, resume o sentido de urgência perceptível na Câmara às vésperas da votação para prorrogar o imposto do cheque.

Segundo um deputado com trânsito no Planalto, o governo se engana ao achar que bastará entregar os cargos acertados lá atrás, no início do loteamento do segundo escalão.

O preço, ele afirma, já subiu.

Tão preocupada está a base com a perspectiva de se tornar desnecessária que surgiu em suas fileiras uma idéia criativa: aprovar a CPMF por apenas dois anos, e não quatro, de modo a obrigar Lula a recorrer aos parlamentares para não ficar sem o imposto em 2010.