A companhia aérea TAM anunciou que fechou o segundo trimestre de 2007 com um prejuízo de 28,6 milhões de reais.

Foi o primeiro trimestre negativo da empresa em quase dois anos.

No mesmo período do ano passado, a TAM lucrou 97,1 milhões de reais.

Os resultados anunciados não têm qualquer relação com o acidente ocorrido com o Airbus da companhia no Aeroporto de Congonhas, que aconteceu no dia 17 de julho.

O prejuízo, segundo a TAM, explica-se por um aumento de custos que não foi compensado por crescimento na demanda e nas receitas.

Entre abril e junho, a companhia viu aumentar em 26,2% suas despesas com combustíveis e 78,5% com força de trabalho, porque expandiu suas operações domésticas e internacionais.

Além disso, a empresa sentiu os efeitos da crise aérea que abala o setor no Brasil De acordo com o vice-presidente de finanças da companhia, Líbano Barroso, a crise aérea no trimestre gerou custos adicionais “mais evidentes” de 7,5 milhões de dólares com combustível e de 3,5 milhões de dólares com serviços extras a passageiros da empresa.

Na véspera, a concorrente Gol divulgou lucro de 157 milhões de reais, suportado por benefícios fiscais de 200 milhões de reais relacionados à compra da Varig.

A empresa, contudo, também reclamou da crise aérea do país.

Sobre a anunciada redução de operações no Aeroporto de Congonhas proposta pelo governo, o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, descartou analisar imediatamente os impactos que sua companhia deve sofrer.

Segundo ele, é cedo para avaliar eventuais aumentos de custos para empresa.