Em discurso no Plenário, o senador Mão Santa (PMDB-PI) reclamou que os cidadãos brasileiros pagam 76 impostos.

Para o parlamentar, “se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quiser entrar para a História”, deve diminuir o número de impostos pagos pelos brasileiros.

Mão Santa sugeriu ainda que o governo não prorrogue a Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira, a CPMF.

A renovação da contribuição está em exame no Congresso Nacional.

Mão Santa afirmou que, caso a contribuição fosse efetivamente usada na saúde, votaria a favor de sua prorrogação, mas, afirmou, a CPMF “desestimula o crescimento econômico, reduz a base de arrecadação dos demais tributos e inibe o investimento”.

Além disso, opinou, essa contribuição pesa mais no bolso dos pobres do que no dos ricos.

O senador lembrou que a contribuição foi criada em 1996 com o objetivofinanciar a saúde.

Mas, observou Mão Santa, isso não vem acontecendo, uma vez que “os hospitais públicos estão sucateados e os médicos no Nordeste estão em greve”.

Mão Santa destacou que nos Estados Unidos os impostos são cobrados separadamente dos preços dos produtos, o que ajuda os cidadãos a se conscientizarem de quanto gastam com impostos.

Ele disse que o brasileiro não sabe a quantidade de impostos que paga e que “está na hora de essa situação mudar”.

O senador afirmou ainda que o governo federal fica com mais de 60% do total de impostos arrecadados no país e que essa situação deixa as prefeituras cada vez mais empobrecidas.

Ele destacou que foi prefeito e que conhece as dificuldades enfrentadas por quem administra municípios. - Os brasileiros trabalham cinco meses para pagar impostos e um mês para pagar juros de bancos.

Queremos que o governo nos devolva esses impostos em segurança, saúde, educação, felicidade e prosperidade - afirmou Mão Santa.