Na última quarta (8), dissemos que um grupo de 40 pessoas que fizeram o concurso da Chesf em Pernambuco, nos dias 15 e 22 de julho, acionaram o Ministério Público Federal (MPF) no Estado para tentar a anulação de todo o processo seletivo - que vem apresentando problemas desde o período de inscrições.
O mesmo aconteceu em Alagoas, de acordo com o site alagoas 24 horas.
A diferença é que, no Estado vizinho, o processo já andou um pouco mais.
Ali o MPF se pronunciou, enviando a denúncia ao Ministério Público estadual.
Segundo o procurador da República Joel de Almeida Belo, o MPF não tem competência para atuar no caso porque a Consulplan é uma empresa privada e a Chesf, uma sociedade de economia mista. “Mesmo que o concurso tivesse sido realizado pela Chesf, ainda assim não estaria dentro da competência da Justiça Federal, já que a competência para processar e julgar as causas cíveis em que uma sociedade de economia mista é parte é da Justiça Comum Estadual”, explicou.
Na representação do MPF em Pernambuco, a denúncia está sendo analisada pelo procurador Marcos Antônio da Silva Costa.
Não se sabe se o seu entendimento será o mesmo do colega de Alagoas.
Costa só deve se pronunciar sobre o assunto na semana que vem.
Realizado em diversas cidades, o concurso público da Chesf contou com mais de 800 mil inscritos.
Além das inúmeras deúncias de irregularidades, a Consuplan está sendo alvo de críticas por causa da má organização do concurso.
De saída, quis vender apostilas pela internet.
Foi proibida por conta da atuação do próprio MPF em Pernambuco.
Também obrigou um grande número de candidatos a cruzar a região metropolitana para realizar os exames.
As trapalhadas continuaram.
Chesf e Consulplan decidiram, inclusive, anular os exames realizados para os cargos de engenharia elétrica/eletrônica ou telecomunicações, engenharia ambiental e analista de recursos humanos – serviço social.
Motivo: os candidatos receberam provas que não eram específicas para os cursos que escolheram.
Os novos exames estão marcados para o domingo 19 de agosto, das 9h às 12h.
Não confundir com as denúncias encaminhadas agora ao MPF, que pedem a anulação total do concurso.
Veja o que já publicamos sobre o tema aqui.