O presidente da Citroen no Brasil, Sérgio Habib, aproveitou o lançamento do mais novo carro da marca no Recife, o C4 Pallas, para falar da conjuntura econômica nacional.

Em almoço com a imprensa especializada de veículos, impressionou o entusiasmo do executivo com o momento econômico atual.

Para o setor, o espetáculo do crescimento já está em andamento.

Veja os principais trechos.

Mercado Está crescendo de forma espantosa.

Neste ano, já temos um crescimento de 25%.

O mês de maio parecia ser o melhor do ano, com 200 mil veículos vendidos.

Veio julho e deu 212 mil unidades.

Agora em agosto, deve ser melhor ainda, com mais de 230 mil.

O mercado está crescendo a taxas chinesas, comemora.

Globalização Estamos caminhando rápido para sermos o quinto maior mercado de venda de veículos no mundo.

O mercado está surpreedendo todo mundo.

Itália, Inglaterra e França vendem 2,4 milhões de unidades por ano.

O Brasil neste ano deve vender algo como cerca de R$ 2,4 milhões de unidades.

Fatores que ajudam A confiança no futuro é um dos fatores que ajudam a vender mais.

Se você acha que vai estar melhor amanhã, então você compra um bem durável como um carro.

No Brasil, todo mundo acha que 2008 vai ser melhor que 2007 e 2009 vai ser melhor que 2008, avalia.

Além disto, os carros não estão subindo de preço, apesar da pressão da demanda por mais veículos.

O dólar baixo também ajuda porque as empresas não estão tendo custos de produção mais altos do que antes.

Financiamento farto Como as taxas de juros estão caindo, há uma diluição dos prazos de financiamento.

Há dois anos, a média dos contratos de financiamento era de 24 meses.

O prazo médio hoje é 36 meses e há carros que são vendidos em até 7 anos.

O automóvel, assim, ficou acessível.

Vendas aquecidas Neste ano, vamos vender 52 mil unidades, com um crescimento de 50%.

No ano que vem, esperamos vender 700 mil unidades.

Neste momento, estamos nos preparando para colocar o terceiro turno de produção.

Crescimento em todas as regiões O Brasil inteiro está crescendo.

Na crise do dólar, em 1999, por exemplo, o mercado de São Paulo, Rio de Janeiro e ABC vendia 340 mil carros.

O Nordeste, 170 mil por ano.

Em 2006, já vemos um incremento de mais de 100%.

O mercado de São Paulo, Rio de Janeiro e ABC vende 400 mil e o Norte e Nordeste também.

A diferença é que lá o mercado é de reposição.

As pessoas já tem dois carros na garagem e só fazem trocar.

No Nordeste e Norte, o potencial de crescimento é enorme.

Dentro desta lógica, planejamos abrir novas lojas fora das capitais do Nordeste também.

Quem está comprando é o rico Diferente dos demais anos, quem está comprando é o rico.

Não é a onda do popular.

Percentualmente, quem está comprando mais é o carro mais caro, de R$ 40 a R$ 60 mil.

Neste segmento, as vendas dobraram.

Passaram de 110 mil por ano para 220 mil.

Não estamos vendo o crescimento puxado pelos carros mais baratos.