Do Estado de São Paulo Brasília - A aviação geral, que compreende os jatinhos particulares e as empresas de táxi aéreo, vai continuar a operar no Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, recuou da idéia de transferir a aviação geral para os aeroportos Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, e de Jundiaí, no interior do Estado.
A saída dos jatinhos particulares e das empresas de táxi aéreo fazia parte das mudanças anunciadas pelo Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) para reduzir o tráfego aéreo em Congonhas, feito logo após a tragédia com o avião da TAM.
Jobim decidiu manter a operação da aviação geral no aeroporto, reduzindo-a para três slots (\vagas\ para pousos ou decolagens) por hora.
Antes da decisão do Conac, o setor operava seis slots por hora.
Jobim disse a assessores que reconsiderou a decisão porque reconheceu que não há como desperdiçar a imensa infra-estrutura montada em Congonhas.
O ministro lembrou ainda que, com a redução da operação do aeroporto, com o fim das conexões e escalas das grandes companhias, não haveria problemas em manter uma janela para a aviação geral.
O setor atende aos principais executivos do País, que se queixaram da resolução do Conac de transferir os vôos para Jundiaí, a 60 km de São Paulo.
O anúncio de Jobim foi recebido com alívio pelo diretor da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano. “Em Jundiaí não teríamos como operar com instrumentos”, disse.
Jobim está convencido de que Congonhas precisa de área de escape, pois sua pista tem apenas 1.940 metros de extensão.
Ele já conversou a respeito com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), outro defensor da ampliação.
A Prefeitura já enviou para Clara Ant, assessora especial da Presidência, estudo com as áreas que precisariam ser desapropriadas nos dois lados da cabeceira do aeroporto.