Desde o dia 1º de agosto, a população do Cabo de Santo Agostinho não conta mais com atendimento médico através do SUS em dois grandes hospitais da cidade: o Samaritano e o São Sebastião.
A Secretaria de Saúde do município alega que tomou a medida por questões legais e jurídicas, mas certamente a população sofrerá um grande impacto, já que as unidades de saúde da Prefeitura não dão conta da demanda de atendimentos.
O hospital São Sebastião, por exemplo, já atua como unidade complementar ao sistema de saúde municipal há 41 anos, atendendo em torno de 80 a 100 internamentos pelo SUS ao mês.
O valor repassado pela Prefeitura era de R$ 40 mil.
Com o descredenciamento do SUS também haverá uma redução de 30% do quadro de funcionários, contribuindo para aumentar os índices de desemprego no município.
Já o Samaritano tem 50 funcionários e atende cerca de 115 pacientes do SUS no mês, entre serviços de pediatria, clínica médica, cirurgias e partos.
O repasse da verba variava entre R$ 35 e R$ 40 mil.
O descredenciamento dos hospitais está causando uma grande polêmica no município.
As diretorias das duas unidades pretendem recorrer na Justiça.
Enquanto isso, o Ministério Público já foi acionado para investigar a legalidade do caso. “Trata-se de uma notícia extremamente preocupante, tendo em vista que essas unidades, ainda que sejam de propriedade particular, atendem a um grande contingente da população cabense, que corre o risco de ficar desassistida, caso esse processo tenha continuidade”, afirma o vereador Luiz Solano Cavalcanti.