A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea ouve neste momento, no plenário 2, o tenente-coronel-aviador Fernando Camargo, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que está à frente da investigação sobre o acidente com o Airbus A-320 da TAM.

O acidente ocorreu em 17 de julho, no aeroporto de Congonhas (SP), e causou a morte de 199 pessoas.

Fernando Camargo acompanhou a análise das duas caixas-pretas do avião em Washington, nos Estados Unidos, e trouxe os dados analisados para o Brasil.

De acordo com a Aeronáutica, as investigações sobre as causas do acidente devem durar dez meses e podem apontar mais de um motivo para o acidente.

O depoimento do oficial foi solicitado pelo relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS); pelo 1º vice-presidente, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); e pelo deputado Vic Pires Franco (DEM-PA). Às 14 horas, está previsto o depoimento do diretor-presidente da Pantanal Linhas Aéreas, Marcos Sampaio Ferreira.

Ele foi chamado porque um avião da companhia derrapou na pista de Congonhas no dia anterior ao acidente com o Airbus da TAM.

O avião, de porte médio, vinha de Araçatuba (SP).

O diretor deveria ter prestado depoimento na semana passada, mas apresentou à CPI atestado médico informando sua impossibilidade de exercer atividades profissionais durante 60 dias, por motivo de estresse.

O deputado Eduardo Cunha afirmou que o atestado não o impede de prestar esclarecimentos e anunciou que a Polícia Federal será acionada para trazer Ferreira, caso ele se recuse a comparecer à CPI.