Na pauta da reunião desta quarta-feira (8) da comissão de inquérito do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que investiga a suposta quebra de decoro parlamentar do presidente do Senado, Renan Calheiros, está um novo pedido da Polícia Federal de esclarecimentos a respeito de algumas notas fiscais apresentadas por Renan para comprovar a venda de gado.
A informação foi duvulgada nesta segunda-feira (6) pela assessoria de imprensa do presidente do colegiado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que integra a comissão de inquérito juntamente com os três relatores do caso - Almeida Lima (PMDB-SE), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES).
O presidente do Senado responde a representação protocolada no Conselho de Ética pelo PSOL, baseada em denúncia da Revista Veja de que Renan teve pensão mensal de R$ 12 mil paga à jornalista Mônica Veloso - com quem tem uma filha de três anos - pelo funcionário da empresa Mendes Junior Cláudio Gontijo.
Como o valor da pensão ultrapassa os rendimentos de Renan como parlamentar, o Conselho de Ética solicitou à Polícia Federal uma perícia na vida contábil do senador, que inclui a compra e venda de gado de propriedade do senador, para comprovar a legalidade das notais fiscais e demais documentos apresentados por ele e empresas com as quais teria negociado.
Em entrevista à Agência Senado nesta segunda, o senador Almeida Lima afirmou que ainda não foi informado sobre esse novo pedido da Polícia Federal, mas a reunião da Comissão de Inquérito, segundo ele, será sempre semanal, com o objetivo de justamente discutir os assuntos pendentes sobre o caso Renan. “Decidimos aguardar a conclusão da perícia da Polícia Federal para convocar uma reunião com todos os senadores do Conselho de Ética, mas nas nossas reuniões semanais estaremos sempre discutindo o andamento do caso” informou.