Em meio a acaloradas discussões, a Assembléia Legislativa suspendeu nesta tarde a apreciação em plenário de dois dos cinco projetos de deputados oposicionistas e situacionistas, considerados inconstitucionais pela Comissão de Legislação e Justiça.

Os autores dos projetos em questão foram os deputados Ceça Ribeiro, Terezinha Nunes, Esmeraldo Santos, Soldado Moisés e Antonio Morais.

As discussões tiveram início com pronunciamento da deputada Terezinha Nunes que citou os cinco projetos tidos como inconstitucionais que estavam na pauta para apreciação do plenário e chamou a atenção dos deputados para o que batizou de “garrote” imposto ao Poder Legislativo pela Constituição Estadual de 1998, que os impede de legislar em questões financeira e tributária. “Estamos aqui quase que limitados a apresentar votos de aplausos, de pesar e realizar audiências públicas.

O resto está proibido e o povo pernambucano não merece isso”, reclamou a deputada, citando emenda constitucional de sua autoria que visa corrigir o que chamou de " distorção".

O deputado Antonio Morais também foi à tribuna solicitar que o plenário votasse contra o parecer da Comissão de Justiça ao seu projeto que permitia o parcelamento do pagamento de IPVA para os moto-taxi do interior.

Posta em votação a matéria, os deputados votaram pela constitucionalidade do projeto, derrubando o parecer da comissão.

Ficou claro então que os projetos que seriam analisados em seguida, de autoria dos deputados Terezinha Nunes, redistribuindo o ICMS Sócio-Ambiental para beneficiar os municípios que abriguem penitenciárias, e de Esmeraldo Santos, prevendo a doação de cadeiras de rodas pelo estado aos deficientes físicos, teriam do plenário o mesmo desfecho.

Estabeleceu-se então uma discussão na tribuna com o revezamento entre deputados que defendiam os pareceres da Comissão e deputados contrários.

Temendo o desgaste da Comissão de Justiça, o presidente da mesa na tarde de ontem, deputado Izaias Regis, vice-presidente da Assembléia, retirou os dois projetos de pauta para apreciação posterior.