O governador Eduardo Campos (PSB) telefonou neste domingo (5) ao deputado Roberto Magalhães (DEM) para agradecer a manifestação que qualificou como “equilibrada” em entrevista ao Jornal do Commercio deste domingo. (Veja aqui a íntegra da entrevista).
Indagado sobre qual avaliação faria sobre a atual gestão, Magalhães disse que sempre foi muito bem tratado pelo governador, assim como teve “tratamento vip” com Miguel Arraes. “Posso até fazer oposição (ao governo) desde que não seja moleque e nem pessoal.
Se ele está cuidando do município do interior que me deu quatro mil votos, que foi Salgueiro, e cuida de uma obra que eu comecei (Pirapama), você se sente estimulado a falar mal desse governo como?
Do que eu vou falar mal?
Da educação e da saúde?
Não vou, por outra razão, isso vem de muito tempo atrás”, afirmou o deputado ao JC.
Eduardo retribuiu a avaliação de Magalhães com elogios. “Liguei para agradecer a correção e o equilíbrio de suas palavras.
Trata-se de opinião de um dos quadros mais qualificados de nossa vida pública, testado em missões importantíssimas como o governo do Estado e a Prefeitura do Recife”, relatou.
O governador acrescentou, no telefonema, não ter se surpreendido com a posição assumida por Magalhães, acrescentando ser esse o “padrão que se espera de quem faz política nesta quadra da vida pernambucana, na qual, mais do que em qualquer outra época, é fundamental colocar em segundo plano as diferenças políticas e valorizar os pontos de convergência”.
Mais afagos Eduardo fez questão ainda de falar sobre a obra de Pirapama, em Salgueiro, lembrando que Magalhães ajudou “de forma decisiva” a tocar o investimento.
A emenda de Pirapama, de autoria do deputado, ajuda a viabilizar uma das obras do PAC, que é o Sistema de Pirapama. “Estamos no limiar de um novo ciclo econômico que, para ser virtuoso, precisa da unidade dos pernambucanos em torno do que é essencial.
Fazemos isso ou dispersamos esforços e não conseguiremos viabilizar os grandes investimentos que, por decisão do governo do presidente Lula, estão vindo para Pernambuco”, disse o governador.
Amizade antiga Eduardo Campos acentuou que a boa relação com Roberto Magalhães vem de muito tempo e era compartilhada, inclusive, com o ex-governador Miguel Arraes. “Quando lançou a campanha pela refinaria – esta mesmo que estamos viabilizando agora – Dr Arraes convidou e Roberto Magalhães, deputado federal pelo PFL, aceitou ser secretário-geral do movimento.
Depois, na Prefeitura, os dois tiveram ótimo entendimento, realizando importantes obras em parceria, como o binário da Rua Amélia, por exemplo.
Agora, tenho tido a mesma consideração, o mesmo respeito e a mesma atenção de um político que sabe que os governantes passam, mas o estado fica”.
E Jarbas?
Quem não deve ter gostado nada, nadinha desta troca de amabilidades entre Eduardo e Magalhães deve ter sido o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Aliás, aliás…
As críticas do deputado ao peemedebista, na entrevista ao JC deste domingo (5), já rendem um bom capítulo da “lavanderia aliança jarbista”.
Assim como outros caciques, Roberto Magalhães se sentiu “apagado” na era Jarbas/Mendonça.
Tentei repercutir o assunto com Jarbas.
Mas a assessoria de imprensa dele informou que o senador está em Brasília e não vai comentar.
Então tá.