Por Sérgio Montenegro Filho Da editoria de Política do Jornal do Commercio Há alguns dias, entidades da sociedade civil se uniram para criar um novo movimento em defesa do País, com o sugestivo nome de “Cansei”.

A idéia é resgatar o direito da população de se indignar contra os desmandos dos donos do poder.

Desmandos que vão desde a corrupção generalizada, que grassa nos poderes constituídos, até o caos aéreo, que até então tirava somente a paciência dos usuários desse meio de transporte.

Mas começou a tirar-lhes a vida.

O “Cansei” se dispõe a resgatar um Brasil doente, deprimido e carente de ajuda emergencial.

A palavra “caos”, atualmente, é a que melhor retrata o triste cenário da Nação.

Ela se aplica ao governo, ao Legislativo, ao Judiciário.

Mas também aos aeroportos, aos hospitais públicos, à rede escolar, à moradia, à segurança, às universidades, aos excessivos impostos, aos empresários corruptores e políticos corruptos.

Se aplica, portanto, a vários dispositivos da Constituição Federal.

Vejamos o que diz, por exemplo, o artigo 6º do capítulo sobre os direitos sociais dos cidadãos: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.

Mas, como sempre acontece, estava bom demais para ser verdade.

Embora os idealizadores do “Cansei” garantam que o movimento é suprapartidário e não tem qualquer cunho político, a direção da CUT - central sindical chapa branca, ligada ao governo e ao PT - se voltou contra: diz que o movimento não passa de uma investida da oposição a Lula, capitaneada pelo PSDB e Democratas.

Preocupadíssimos com a estratégia, dirigentes cutistas distribuíram e-mails pelo País propondo a criação do movimento “Cansamos”. É mole?

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