Pelo que o repórter João Valadares, do Jornal do Commercio, constatou ontem (quinta, 2), em João Pessoa, a capital paraibana não vai funcionar como alternativa para o atendimento de pacientes graves do Grande Recife.

Além das precárias condições do Hospital Humberto Lucena, que você pode conferir mno post, abaixo, cerca de 400 médicos estatutários da Paraíba estão em greve há 9 dias e não há previsão de volta. “A nossa situação é de caos.

Os servidores também paralisaram as atividades.

Cirurgias eletivas estão suspensas.

Por isso, não entendi essa história de a Paraíba ajudar o Estado de Pernambuco.

Como isso é possível se a gente passa por uma grave crise?”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, José Demir Rodrigues. “O anúncio de envio de pacientes pernambucanos é um delírio.

O secretário está delirando.” Já o cirurgião-geral Roberto Ciraulo, integrante da Cooperativa dos Cirurgiões da Paraíba, confirmou o convite feito pelo Governo de Pernambuco a traumato-ortopedistas do Estado. “Isso existiu sim.

Quero deixar claro, de antemão, que nenhum cirurgião-geral da Paraíba vai aceitar trabalhar no lugar dos médicos pernambucanos.

Estamos solidários à causa deles”, informou.

VERSÃO OFICIAL Apesar de tudo, o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Almeida, que ontem se reuniu no Recife com o seu colega de Pernambuco, Jorges Gomes, declarou que o Hospital de Trauma de João Pessoa tem condições de atender os pacientes pernambucanos.

Segundo ele, cerca de 500 pessoas são atendidas por dia na unidade e não existe transtorno.

Ele afirmou que, ontem, seis leitos de UTI estavam vagos e outros 30 sobravam na emergência. “Não existe caos.

Nosso hospital está funcionando normalmente e vamos ajudar nosso Estado irmão, que é Pernambuco.

O problema é que as pessoas falam muitas coisas, mas nada oficialmente chegou em minhas mãos.”, declarou.

Ontem, nove pacientes pernambucanos foram para a Paraíba e o Ceará, sem passar antes por hospitais de grande porte de Pernambuco.

Um deles, vítima de acidente de trânsito, seguiu de Salgueiro, no Sertão, para Barbalha, no Ceará.

Os demais estão nos Hospitais Antônio Targino e Clipsi, em Campina Grande, e no Hospital de João Pessoa.

Os doentes são de Itambé, Condado, Macaparana e Igarassu, cidades que já costumam enviar pacientes ao Estado vizinho. (Com a editoria de Cidades do Jornal do Commercio)