O padre João Carlos Santana da Costa, que foi acusado pelo arcebispo de Olinda e Recife, D.
José Cardoso Sobrinho, de manter relacionamento amoroso com uma paroquiana de Água Fria, começou a semana com um bom motivo para comemorar.
Na última terça (31), ele recebeu do Supremo Tribunal da Assinatura Apóstólica do Vaticano uma lista com nomes de advogados que poderão representá-lo no recurso que move contra D.
José.
Na prática, isso significa que o Vaticano, pela primeira vez, aceita ouvi-lo sobre a denúncia lançada pelo arcebispo. “Tive a alegria de saber que o Vaticano vai querer me ouvir”, disse o padre agora à noite ao Blog, com exclusividade. “Até então não tinha me ouvido.
E o bispo terá de se explicar”.
O que ele pede com o recurso é a retratação de D.
José.
DENÚNCIA Em novembro do ano passsado, o arcebispo decidiu afastar o padre João Carlos da paróquia de Água Fria por causa de uma denúncia que teria recebido dando conta de que o pároco mantinha um relacionamento amoroso com a paroquiana Ivânia Queiroga, sua prima em segundo grau e casada.
De acordo com o padre, em seu decreto D.
José determinava ainda que, dentro da Arquidiocese de Olinda e Recife, ele não mais poderia ministrar sacramentos.
No entanto, o padre teve o apoio da paróquia.
E até hoje permanece como pároco de Água Fria, celebrando missas e realizando batizados.
Decidiu, no entanto, não mais celebrar casamentos até que a questão seja definitivamente esclarecida.
A Arquidiocese não indicou substituto para ele.
Por sua vez, Ivânia Queiroga move um processo criminal por calúnia e difamação contra D.
José Cardoso Sobrinho.
A próxima audiência, de instrução e julgamento, está marcada para o dia 20 de setembro, no Forum Universitário, ao lado da Universidade Católica, no Recife.
Ela também pede a retratação pública de D.
José.
Segundo o advogado Hebron Oliveira, que representa Invânia Queiroga, além de se retratar, o arcebispo pode ser condenado (imaginem) a fazer trabalhos sociais.
Como distribuição de cestas básicas, por exemplo.
Mais detalhes, daqui a pouco.