O presidente da seção Pernambuco da OAB , Jayme Asfora, disse nesta quinta (2) que o caos na saúde pode criar uma situação tão caótica quanto as greves da PM ocorridas em anos anteriores. “É preciso, antes de tudo, que haja uma preocupação com as vidas que estão sendo colocadas em risco por causa dessa paralisação.
Do contrário, poderemos viver uma situação tão caótica como a que o Estado passou devido às greves da Polícia Militar”, afirmou.
Asfora foi recebido nesta quinta, no Palácio do Campo das Princesas, pelo governador Eduardo Campos e pelo procurador-geral do Estado Tadeu Alencar.
Ele colocou a OAB-PE à disposição do governo para atuar como mediadora junto às entidades médicas.
Segundo Asfora, esta seria, inclusive, uma reivindicação do Sindicato dos Médicos (Simepe) e do Conselho Regional de Medicina (Cremepe).
Na última terça (31), a OAB participou, como observadora, da assembléia em que os médicos rejeitaram a proposta de reajuste do governo.
Para o presidente da OAB-PE, o impasse nas negociações entre médicos e governo, somado às novas demissões anunciadas nos hospitais Getúlio Vargas e da Restauração, tende a gerar um caos ainda maior e coloca concretamente em risco a vida da população.
Jayme Asfora disse estar preocupado especialmente com aproximação do fim de semana, quando deve aumentar a procura pelas emergências públicas. “É preciso urgentemente que seja retomado o diálogo entre as partes”.