O presidente do Cremepe da Paraíba, Dalvélio Madruga, disse agora há pouco à Rádio JC/ CBN que a transferência de pacientes de Pernambuco, como pretende o governador Eduardo Campos, vai tornar ainda mais precária a condição de atendimento nas emergências do Estado vizinho.

Madruga informou, aliás, que há um início de paralisação de médicos na Paraíba.

E adiantou que, ao conversar com o secretário de Saúde de seu Estado, Geraldo Almeida, na manhã desta quinta (2), soube que não há qualquer formalização deste convênio.

Pelo menos por enquanto.

O secretário teria uma reunião marcada para as 13h no Palácio do Campo das Princesas, no Recife.

Já o presidente do Cremepe do Ceará, Ivan Moura Fé, também ouvido pela JC/ CBN, tem uma opinião semelhante à de Dalvélio Madruga.

A situação das emergências em seu Estado, como de resto em todo o País, já é difícil e pode se agravar com o recebimento extra de pacientes.

Para enfrentar a demissão em bloco dos plantonistas de Pernambuco, o governo revelou na noite de ontem (quarta, 1) que adotará, como mais uma medida alternativa, a transferência de pacientes do Recife para João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, e do interior para Barbalha, no Ceará.

ATUALIZAÇÃO (12H50) A movimentação na manhã desta quinta foi tranqüila no Hospital de Trauma de João Pessoa, primeira unidade que receberia os pacientes vindos do Grande Recife.

De acordo com a reportagem da Rádio Jornal, que compareceu hoje ao hospital nenhum paciente pernambucano deu entrada na unidade.