A Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, classificou os gestos obscenos do assessor especial Marco Aurélio Garcia como uma conduta “imprópria” para uma autoridade do governo federal.

Garcia foi flagrado supostamente comemorando uma falha mecânica no Airbus-A320, que se acidentou há duas semanas matando cerca de 200 pessoas.

Em nota divulgada nesta quinta-feria (2), a comissão lembrou que servidores públicos não podem ter “atitudes grosseiras”.

A Comissão decidiu: a) Lembrar aos servidores, e sobretudo aos dirigentes públicos, que o momento é de profunda reflexão, sentimento de pesar, e ação eficiente, sem controvérsias estéreis, em respeito aos vitimados pelo trágico acidente aéreo, a seus familiares e à nação; b) Considerar imprópria a conduta do assessor Marco Aurélio Garcia, que já foi objeto de pedido público de desculpas; c) Reiterar recomendação já exarada para que “as altas autoridades do governo federal, bem como todos os servidores públicos e concessionários de serviços públicos tenham sempre presente que o exercício da função de servir ao público exige, entre outras responsabilidades, motivar o respeito e a confiança do público em geral”, o que não comporta atitudes grosseiras.

O exercício da função pública deve, sempre e de forma inequívoca, servir de bom exemplo (Exposição de Motivos nº 37 e artigo 3º do Código de Conduta da Alta Administração Federal).