O governador Eduardo Campos (PSB) quebrou o silêncio no final da tarde desta quarta-feira (1) sobre a crise dos servidores do Estado da Saúde e Educação.

Como sempre, lembrou a herança maldita. “Eu não fundei a Saúde pública em Pernambuco.

Estou no comando só há sete meses”, disparou, após reabrir a visitação pública ao Palácio das Princesas.

De forma genérica, também rebateu a oposição e enviou seu recado. “Há pessoas que tentam tirar proveito da situação, mas a sociedade é quem vai julgar”.

Eduardo insiste que não vai perder seu tempo com as farpas políticas, porque tem mais o que fazer. “Nós temos que tomar atitude não de confrontação, mas de atender a demanda da população”.

Jogo duro Sobrou de novo para o vice-governador, João Lyra (PDT), o papel de “bater” na oposição e de jogar duro com os sindicatos dos servidores da Educação e Saúde. (O pedetista também foi escalado para esse papel no período de transição dos governos).

Nesta quarta (1), em entrevista a rádio JC/CBN Recife, Lyra repetiu que há intenções políticas por trás dos movimentos dos servidores estaduais e que há, sim, o dedo da oposição na crise.

Hoje, os secretários da Saúde, Jorge Gomes, e da Educação, Danilo Cabral (ambos do PSB), voltaram a se esquivar de dar declarações sobre o suposto cunho político do qual fala o vice-governador. “O momento é de crise, não é de falar de política.

Temos uma situação de emergência para resolver”, disse Gomes. “Não está em discussão se tem ou não tem política nisso.

O Estado quer assegurar o retorno às aulas”, afrimou Danilo.