O governador Eduardo Campos (PSB) afirmou nesta terça (31) que foi adiada a grande manifestação marcada para este sábado (4) em defesa do projeto de transposição das águas do rio São Francisco. “Cássio é um dos maiores aliados (do projeto) e Campina Grande é uma das cidades beneficiadas. É a terra dele”, afirmou Eduardo, em solidariedade ao governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve o mandato cassado.

Eduardo revelou ainda que conversou com Cássio, por telefone, nesta terça (31). “Quis saber como ele está, liguei para dar meu abraço.

Não conheço o processo em detalhes, mas eu acho que a verdade das urnas deve prevalecer”, contou Eduardo.

A nova data da manifestação ainda não está definida.

Por conta do processo contra Cássio, a manifestão está suspensa, por hora.

O ato passará por Salgueiro, Mossoró, Campina Grande e Missão Velha, no Ceará.

A idéia é que o ato conte com a participação de outros governadores do Nordeste que lutam em favor da transposição, como Wilma de Faria (RN) e Cid Gomes (CE).

A manifestção será feita simultanemante em outras três grandes cidades do sertão paraibano, potiguar e cearenese.

Os governadores deverão comparecer juntos em cada um dos eventos, cumprindo uma maratona para fortalecer a transposição.

Cássio Cunha Lima O governador da Paraíba teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Paraíba na segunda (30).

Ele entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para permanecer no cargo, na tarde desta terça (31).

Por cinco votos a um, os juízes do TRE determinaram a cassação, a perda dos direitos políticos até 2009 e uma multa de R$ 100 mil.

Além disso, o tribunal decidiu que o segundo colocado nas eleições de 2006, o senador José Maranhão (PMDB-PB), assuma o governo após a publicação da decisão.

Segundo o Partido Comunista Brasileiro (PCB), que deu entrada no pedido de cassação, Cunha Lima teria distribuído cerca de 35 mil cheques da FAC (Fundação de Ação Comunitária) na campanha de 2006, quando concorria à reeleição ao governo do Estado.

A defesa alegou que os cheques foram distribuídos de forma legal, e que os recursos são do Fundo de Combate à Pobreza do governo do estado. (Com informações do G1)