Da editoria de Política do Jornal do Commercio O secretário de Planejamento Participativo do Recife, João da Costa (PT), analisou, ontem (segunda, 30), que não há, entre os prefeituráveis - da oposição e do governo - nenhum nome com tradição política e experiência em disputas majoritárias.
Para ele, essa “renovação política” significa que qualquer dos nomes cogitados, e não apenas o dele mesmo, terá que “construir” a candidatura à sucessão do Recife.
Nesse sentido, o secretário não considerou as últimas declarações do presidente estadual do PTB, Armando Monteiro Neto, como uma restrição à sua possível postulação.
O trabalhista afirmou, em entrevista ao JC, sábado (28), que João da Costa precisaria aglutinar forças, dentro e fora do PT, para “mostrar que possui condições que vão além das circunstâncias de ter sido um auxiliar competente”. “Não vi a fala dele como um veto.
Pelo contrário.
Acho que foi até um reconhecimento ao meu trabalho.
Agora acho que tudo isso é um processo em construção.
Não há um nome tradicional da política colocado para 2008.
Entre os citados (como pré-candidatos), apenas Mendonça Filho (ex-governador, DEM) já exerceu um cargo executivo e disputou uma eleição majoritária.
Então todos os nomes que aparecem estão no mesmo patamar ainda de construção”, opinou.
Segundo o secretário, Armando apenas teria explicitado que esta relação com os demais partidos da frente é algo que ele (João da Costa) ainda terá que trabalhar. “Ele disse que tem que ser construído, mas não quer dizer que eu não possa fazer.
Nesse cenário de renovação política, vão aparecer vários outros candidatos que também não têm uma história de candidatura já construída”, avaliou.
Na entrevista ao JC, Armando também afirmou que, se o candidato do PT fosse Humberto Costa, o PTB já teria divulgado seu apoio de imediato.
As declarações vieram na mesma semana em que o deputado estadual Sílvio Costa Filho (PMN) defendeu que a possível candidatura de João da Costa seria legítima, mas, não, natural.
O secretário de Planejamento Partipativo, preferido do prefeito João Paulo para o pleito, esquivou-se de comentar a opinião do parlamentar, dizendo não gostar de adjetivos.
Em seguida, contudo, soltou: “Não existe isso de candidato natural.
Um candidato pode aparecer como natural e não se viabilizar e vice e versa”.
Procurado pelo JC, o prefeito, que está em Brasília, disse que não iria comentar as declarações de Armando Monteiro Neto.