O PPS entra na justiça, nesta terça (31), com ação contra o reajuste de 9,4% pedido pela Compesa à Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe).

O processo é o primeiro de uma série que o partido pretende bancar contra as administrações estadual e municipal.

O objetivo declarado da legenda é forçar os governantes a primarem pela cidadania.

Na prática, no entanto, a estratégia tem tudo a ver com as eleições do ano que vem.

Mesmo assim o presidente estadual do partido e deputado federal Raul Jungmann, candidato a candidato à prefeitura do Recife em 2008, nega que a ação seja casuísta. “A tendência é os adversários usarem o termo eleitoreiro contra a ação como estratégia de invalidação.

Mas vamos debater a fundo às questões”, declarou o deputado.

Já o ex-deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS, considera natural levar o debate político aos tribunais. “Não tem resultado prático só o debate.

Podemos reclamar, mas nada acontece.

E esse é um instrumento que já usamos e vamos usar mais”, afirmou, citando a ação movida no STF contra o reajuste dos deputados, da qual ele foi um dos autores.

Na ação contra a Compesa, os pós-comunistas argumentam que a empresa deveria combater o desperdício, que é repassado ao consumidor, em vez de aumentar a tarifa.

JOÃO PAULO O próximo alvo de Jungmann e do PPS é a prefeitura do Recife.

O deputado garante que o prefeito João Paulo (PT) gasta 23% da receita líquida com o setor, menos que o mínimo estipulado por lei (25%).

O novo processo tem o objetivo de obrigar a prefeitura a chegar ao piso legal.

Mas neste caso, a ação ainda não está pronta.

A assessoria do prefeito já avisou que ele só se pronuncia depois de notificado. (Com a editoria de Política do Jornal do Commercio)