O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Mário Fernando Lins, reagiu às declarações do vice-governador do Estado João Lyra Neto (PDT) que classificou o movimento dos profissionais da saúde como político. “As entidades médicas são independentes.
Nosso movimento não tem nada de partidário”, rebateu Lins. “Muitos médicos que pediram demissão, votaram em Eduardo.
Estão apenas cobrando as promessas de campanha”.
Ele também cobrou transparência da gestão Eduardo na negociação com as entidades. “Os servidores solicitaram os números reais que foram apresentados ao governo federal para o PAF (Plano de Ajuste Fiscal).
Nem a população, nem as entidades conhecem estes números”, disse.
Mário Lins também contestou afirmações do vice-governador no sentido de que os médicos teriam se precipitado ao pedir demissão quando as negociações ainda estavam em curso. “O governo fez ouvido de mercador.
Há meses que vínhamos denunciando a situação nas mergências”.
O presidente do Simepe estranha quando João Lyra Neto afirma que o o Estado pode quebrar se atender integralmente à proposta encaminhada pelas entidades médicas. “Qual é a proposta impossível?
O salário do plantonista ser gual ao da Paraíba, que chega a R$ 3.200,00?
No Rio Grande do Norte é R$ 4.000,00”, argumentou.
Segundo ele, em Pernambuco, plantonistas recebem R$ 2.160,00 e diaristas, R$ 1.540,00.
Apesar da troca de farpas, o canalde diálogo entre governo e entidades médicas continua aberto.