Estão prontos para votação no Congresso projetos que prevêem a criação de mais seis Estados.

Se aprovados, eles agravarão o inchaço do Legislativo, abrindo 144 cadeiras de deputado estadual, 48 vagas de deputado federal e 18 de senador.

Esses projetos de decreto legislativo, que prevêem a realização de plebiscito, foram aprovados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e podem ser inseridos na pauta a qualquer momento.

Os novos Estados em estudo são: Carajás e Tapajós, no Pará, Mato Grosso do Norte, em Mato Grosso, Rio São Francisco, na Bahia, Maranhão do Sul, no Maranhão, e Gurguéia, no Piauí.

Em comparação, os Estados Unidos têm 50 Estados, com representação fixa no Congresso de 100 senadores e 435 deputados.

Se forem criadas mais unidades da Federação, não haverá aumento do Parlamento, apenas a redistribuição das vagas.

Já o Brasil tem 26 Estados e 1 Distrito Federal.

O Congresso abriga 513 deputados e 81 senadores.

Aqui, ao contrário dos EUA, a configuração aumenta se houver novos Estados.

Em média, a Assembléia Legislativa de um pequeno Estado, com 24 deputados, consome R$ 110 milhões ao ano.

Na maior parte, os projetos de criação de Estados são antigos e apresentam lacunas.

Nenhum deles, por exemplo, inclui um estudo detalhado sobre a viabilidade econômica e os custos da medida.

A criação de um Estado pressupõe a existência de um novo Executivo, um novo Judiciário e um novo Legislativo.

Todos devem ser dotados de completa estrutura física, como prédios, veículos e equipamentos, e administrativa – governadores, secretários, servidores, juízes, promotores, deputados e assessores.

As propostas tampouco apresentam solução para um problema crucial: quem arcará com os custos do plebiscito.