A proposta apresentada pelo governo do Estado aos representantes dos médicos na tarde da última sexta (27) foi melhorada neste domingo (29), depois de três horas de reunião.

Além dos já anunciados 7% de reajuste linear para toda a categoria, o que eleva o salário-base dos médicos para R$ 1.647,00 sem contar com as gratificações de plantão e de produtividade, o Governo se comprometeu a implantar o PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos) em quatro etapas, divididas entre os meses de janeiro, abril, agosto e dezembro de 2008.

Em busca de um entendimento com os profissionais médicos do Estado, os secretários Jorge Gomes (Saúde) e Paulo Câmara (Administração) conversaram com os presidentes e vice-presidentes do Cremepe e do Sindicato dos Médicos, avançando na proposta apresentada na última sexta.

Segundo o governo, com a nova proposta, os médicos plantonistas do Estado passam a receber a segunda melhor remuneração do Nordeste para dois plantões de duas horas: R$ 3.097,00.

Outros pontos apresentados pela categoria, referentes às condições de trabalho nas emergências, também estariam sendo considerados.

Uma seleção pública simplificada realizada em maio para reforço dos plantões das principais emergências, incluindo os hospitais regionais, resultou na contratação de 83 médicos.

Para melhorar a estrutura das emergências, o governo está destinandos R$ 58 milhões em reformas, compra de equipamentos e medicamentos.

Também foi acertado que o Estado avançaria na implantação de um novo modelo de carga horária que permita aos médicos uma extensão da jornada na emergência, passando de 24 para 40 horas semanais.

Ao final do encontro, os representantes do Cremepe e do Simepe se comprometeram a levar as propostas do Governo para as lideranças das diversas especialidades médicas.

Participaram também do encontro, intermediando as negociações, o deputado estadual Sílvio Costa Filho e o vereador Mozart Sales.

Leia abaixo mais informações sobre a crise na saúde.